Roberto Lira
Faz algum
tempo, escrevinhei dois textos ( aqui* e aqui** ) com o assunto “a outra margem do rio”.
No primeiro texto, o tema foi conceituado como um local procurado pelos seres
humanos, onde a felicidade é permanente e que para muitos é chamado de céu,
paraíso, nirvana, et cetera. Nele,
tentei reflexionar sobre “como” alçar
a referida margem. No segundo texto, procurei fazer um analogismo das minhas
vivências com o tema e levantei uma série de questões sobre o mesmo. Conclui
manifestando minha aspiração de alcançar “a
outra margem do rio” e aventei a possibilidade de voltar a escrevinhar
sobre futuras compressões decorrentes desse processo. Nesta escrevinhação, é
este o propósito.
Tentando vivenciar o aqui e agora, as compreensões do momento me conduzem a cessação da
busca em alcançar “a outra margem do rio”.
Passei apenas a apreciar a correnteza do rio, ou seja, a ficar passivamente atento
observando o correr da vida e, quando oportuno, dar umas braçadas a favor da
correnteza. Desse modo, tenho me sentido mais leve como “nadador”.
Em qualquer ambiente aquático, nadar torna-se muito
mais fácil quando estamos despidos de qualquer roupagem. Nadar sem um estilo pré-determinado
nas correntezas da vida nos permite uma locomoção apropriada em todos os
momentos do viver. Sem pré-conceitos, sem recordes a bater, sem prêmios a
ganhar, sem glórias a lembrar, sem objetivos a alcançar, nadar nesse rio da
vida torna-se algo incomum. Algo que não é repetição, conformidade, alegria ou
tristeza, prazer ou dor, mas simplesmente viver. Viver sem querer ter nem ser.
Viver por viver, porque é maravilhoso viver, com ou sem insigths.
A
atenção, no aqui e agora, deve
continuar!
Bom dia Roberto,
ResponderExcluirDesculpe a demora pelo retorno, mas esta semana foi dura aqui no trabalho, hoje estou podendo respirar e podendo dedicar um pouco de atenção as coisas e as pessoas que gosto.
Compreendi a mensagem da "correnteza do rio", consinto do o seu estilo de nadar, em certos momentos somos abrigados a usar um crawl, em outros de costas, as vezes mergulhamos para desvia de um obstáculo e por aí vai. Ainda não consegui me despir, mas sem dúvida não busco glórias ou reconhecimentos, apenas nadar, porque "é maravilhoso viver".
Novamente, agradeço seu elogio.
Grande abraço,
Luiz Otávio