Roberto Lira
O blog Ilha de Pala nasceu com o propósito de
Compartilhar Idéias, Reflexões e Utopias das nossas vivencias cotidianas. A
falta de regularidade nas nossas postagens, por vezes, leva os poucos visitantes
do Ilha a supor que o blog submergiu ou que seu atestado de óbito apresenta causa mortis indeterminada. Mais de uma
vez, jocosos visitadores nos advertiram do risco de morte iminente que o blog apresenta,
com a sinalização de um in memoriam. Aproveitamos
a oportunidade para nos desculpar e justificar a ciclotimia das postagens. A
causa dessa ciclotimia não é nenhuma psicose maníaco-depressiva, ela se origina
na indescritível lerdeza do nosso viver. Asseguramos
aos queridos visitantes que, mesmo quando nossas escrevinhações se encontram em
hibernação, nosso prélio interior continua e a intenção de compartilhar nossas observações
e compreensões idem.
O nosso viver diário decorre, na maior parte do tempo, em
minha residência ou no vizinho Praia Clube. Para um analogismo das nossas vivências
com o tema em reflexão, Insistindo na travessia para “a outra margem do rio”,
vou situar o complexo desportivo/recreativo desse aprazível clube. O Praia
Clube tem suas instalações distribuídas ao largo das duas margens de um trecho
do rio Uberabinha, que passa dentro da cidade de Uberlândia. Nas saudáveis
e prazerosas atividades realizadas diariamente no referido clube, utilizamos as
instalações de um ou do outro lado do rio, dependendo da ação escolhida para determinado
momento. Para nos transladarmos de uma margem para a outra do rio podemos
escolher uma das três pitorescas pontes disponíveis no interior do clube.
“A outra margem do rio” sobre a qual queremos refletir pode
ser vislumbrada, como um lugar onde a felicidade é plena e permanente. Talvez este seja
o lugar onde o Eu, o verdadeiro Ser, habita e transita com desenvoltura. Poderiamos,
ainda, dizer que é lá a nossa eterna e verdadeira morada. Nosso interesse em tentar
alcançar esse lugar, já foi manifestado em uma postagem anterior (Aqui). Nela, mencionamos que tivemos tentativas
frustradas, mas, por outro lado, fomos agraciados com promissores insights que podem ser utilizados como “ponte”
para alcançarmos aquela almejada “margem”.
Entre as muitas questões suscitadas na presente reflexão destacamos
as seguintes: Dispomos de “pontes”, previamente construídas, para alcançarmos “a
outra margem do rio”? Ou seja, dispomos de conhecimentos, estabelecidos, que possam
nos servir de “ponte” para essa mudança psicológica? Os conhecimentos/ensinamentos
adquiridos em livros e/ou textos, sagrados ou não, podem realmente servir como
“pontes” para essa travessia? Ou, seriam esses conhecimentos/ensinamentos
apenas mapas a nos indicar alguma das possibilidades desse translado?
Mesmo sem uma resposta cabal para as questões acima
destacadas, continuamos perseverando em nossa aspiração de atingir “a outra
margem do rio”. Nosso esforço vai continuar sendo no sentido de descobrir “pontes”;
explorar “trilhas”; encontrar “barcos”, ou mesmo “botes”; até “tirolesas” serão
bem-vindas, desde que tenham o poder de nos conduzir para aquela “margem”. Não temos
preconceitos quanto ao tipo ou as origens do “veículo” a ser utilizado para a
travessia. Nossa maior observação é que a condução desse processo é individual e indelegável, qualquer que seja o “veículo” utilizado. Disso estamos convicto.
Se um dia realizamos esse almejado objetivo, entendemos que o “veículo” utilizado poderá ser
descartado. Pois é lá, “na outra margem do rio”, onde surgem todos os verdadeiros
“veículos” e, também, é lá que seus diversos tipos são renovados, a cada instante.
Ao prosseguirmos com nosso compromisso
em tentar realizar o processo dessa travessia, na medida do possível e do
cabível, escrevinharemos sobre as compreensões decorrentes desse processo.
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